quinta-feira, 21 de maio de 2015

3ºEM, gabarito, AV1 2º trim

Pessoal,

Segua o gabarito da AV1

VALE A PENA VER DE NOVO

1) O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) classifica os brasileiros em brancos, pardos, pretos, amarelos e indígenas, em uma referência à cor de pele. No entanto não é tão simples classificar nossa população em uma determinada cor, o que, de certa forma, coloca boa parcela da população como “pardo”. Explique esse dilema, a luz da discussão feita em sala de aula sobre a noção de “pardo”. (1,0) H9, H15.
Em sala foi discutido que o temo pardo, embora oficial na classificação do IBGE, para muitos revela uma forte carga de preconceito na medida em que o termo tem sido utilizado ao invés de negro. Ou seja, eventualmente e no decorrer da história do país foi preferível definir-se como pardo pois retiraria o peso de ser negro e seria uma forma de tentar escapar do racismo. Como prova disso temos recentemente no país o aumento da população que se considera negra.

QUESTÕES DISSERTATIVAS

2)  Analise as pirâmides etárias a seguir e responda às questões propostas. (2,0) H6, H8
a) O que é pirâmide etária ou de idades?
b) O que as pirâmides apresentadas acima revelam a respeito da dinâmica demográfica brasileira?
c) Como é possível perceber a transição demográfica brasileira através dos gráficos?
a) A pirâmide etária é o gráfico que mostra a distribuição da população de uma dada região ou país por gênero e faixa etária.
b) Elas revelam que as taxas de natalidade no pais declinaram de forma acentuada no período de 1940 e 1996 e deverão declinar ainda mais de 1996 a 2020; a esperança de vida no país se elevou de forma acentuada no período de 1940 a 1996 e deve aumentar ainda mais entre 1996 a 2020. Dessa forma em breve teremos uma população adulta maior que a de crianças e jovens, compondo a força de trabalho. Também teremos um aumento considerável da população de adultos.
c) É possível perceber que a população brasileira passou pela primeira fase (1ª pirâmide) na qual tinha alta taxa de natalidade com redução da mortalidade, consequência dos avanços na medicina e na saúde; está passando pela segunda onde há a redução da taxa de natalidade devido à urbanização. E provavelmente chegue na terceira na qual haverá um envelhecimento da população e uma redução considerável no número de jovens e crianças.





3)  A população do Brasil alcançou a marca de 190.755.799 habitantes na data de referência do Censo Demográfico 2010. A série de censos brasileiros mostra que a população experimentou sucessivos aumentos em seu contingente, tendo crescido quase vinte vezes desde o primeiro recenseamento realizado no Brasil, em 1872, quando tinha 9.930.478 habitantes, como representado na tabela abaixo.

População e taxa média geométrica de crescimento anual – Brasil – 1872/2010

Datas
População residente
Taxa média geométrica de crescimento anual (%)
01/08/1872
9.930.478
2,01
31/12/1890
14.333.915
1,98
31/12/1900
17.438.434
2,91
01/09/1920
30.635.605
1,49
01/09/1940
41.165.289
2,39
01/07/1950
51.941.767
2,99
01/09/1060
70.070.458
2,89
01/09/1970
93.139.037
2,48
01/09/1980
119.002.706
1,93
01/09/1991
146.825.475
1,64
01/08/2000
169.799.170
(*)1,17
01/08/2010
190.755.779


Fonte: Recenseamento do Brasil 1872-1920. Rio de Janeiro: Diretoria Geral de Estatística, 1872-1930; e IBGE, Censo Demográfico 1940/2010.

(*) Para obtenção da taxa no período 2000/2010, foram utilizadas as populações residentes em 2000 e 2010, sendo que, para este último ano, foi incluída a população estimada (2,8 milhões de habitantes) para os domicílios fechados.

Sobre o crescimento populacional brasileiro e os dados apresentados pela tabela, explique: (2,0) H6, H8, H9
a) Os motivos que levaram às elevadas taxas de crescimento populacional nas décadas de 1940 a 1970.
b) Por que, a partir da década de 1980, o ritmo de crescimento populacional passou a apresentar redução em suas taxas. 
a) Entre 1940 e 1970, as elevadas taxas de crescimento demográfico estiveram vinculadas a fatores, como: alta taxa de natalidade, elevada taxa de fecundidade, queda substancial da taxa de mortalidade, melhorias de acesso à saúde e educação, melhorias no saneamento básico em zonas urbanas e predomínio de população rural durante o período (em que a maior natalidade estava vinculada à necessidade de mão de obra).
b) A partir da década de 1980, o ritmo de crescimento da população apresenta desaceleração devido à queda nas taxas de natalidade e de fecundidade, urbanização, fases de crise econômica com aumento do custo de criação dos filhos, além da emancipação feminina vinculada ao avanço no mercado de trabalho e maior escolaridade.  


4) A redução da taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida são indicadores socioeconômicos de países desenvolvidos. O Brasil nos últimos anos vem melhorando tais índices, o que, em principio, é uma boa notícia. Porém essa boa notícia pode trazer problemas para o Estado brasileiro. Qual seria esse problema? Explique. (1,0) H6, H8, H9
Um dos possíveis impactos na transição demográfica brasileira sobre as políticas públicas está relacionado com o custo da previdência social, pois com o aumento do número de idosos recebendo a aposentadoria por mais tempo, será necessário um aumento da arrecadação para garantir a manutenção deste benefício. Outro impacto é a necessidade de criar infraestrutura médico-hospitalar e de lazer para atender esta população cada vez maior.  





5) 

Identifique, no conjunto dos três mapas, a macrorregião do país com os maiores fluxos emigratórios e a macrorregião com os maiores fluxos imigratórios. Em seguida, explique os motivos dos fluxos da região Nordeste para a região Sudeste e também da região Sul para a região Centro-Oeste. (2,0) H6, H8, H9

A macrorregião com os maiores fluxos emigratórios é a região nordeste, e a de maiores fluxos imigratórios é a região sudeste.
Os fluxos do Nordeste para o Sudeste ocorreram devido ao desenvolvimento econômico e industrial da região Sudeste e o pouco investimento no Nordeste gerando poucas condições de fixação à terra, obrigando parcelas da população a migrar.
Na região sul para o Centro-Oeste indicam a ocupação da “ultima fronteira agrícola” do país, onde o governo estimula os projetos de colonização para integrar a área à economia nacional.  


6)  Leia o texto a seguir.

O Brasil faz parte de um grupo relativamente pequeno de países que melhoraram seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2011, segundo o relatório anual divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Entre 187 nações avaliadas, 151 mantiveram ou perderam posição no ano, e o Brasil está entre as 36 nações restantes com um desempenho aceitável. (2,0) H6, H7, H8, H9

MONTOLA, Paulo. O Brasil avança devagar no ranking mundial do IDH. GE Atualidades, São Paulo, Ed. 15, p. 99, jan./jun. 2012.

a) Antes do IDH, utilizava-se o cálculo da renda per capita para avaliação do bem-estar das populações. Por que o cálculo da renda per capita não representa a real situação social de uma nação?
b) O cálculo do IDH é obtido a partir da média de três indicadores para medir o bem-estar. Esses indicadores são:
c) Apesar de apresentar melhora no IDH e de ter uma renda per capita relativamente alta, a 84ª posição do Brasil no ranking mostra as debilidades do país. De acordo com o Censo 2010, 10% dos brasileiros mais ricos detêm 44,5% da renda nacional. Como esses dados provocam as debilidades do país?

a) Renda per capita é um indicador obtido por meio da divisão do PIB (Produto Interno Bruto) pela população absoluta, entretanto, o cálculo não indica a distribuição da riqueza pela sociedade, mascarando a real situação socioeconômica do país.
b) Até o ano de 2009, o IDH utilizava, como critério, os índices de educação, longevidade e renda, contudo, a partir de 2010, ocorreu uma alteração no cálculo dos critérios utilizados que passam então a considerar: a expectativa de vida ao nascer; anos médios de estudo e anos esperados da escolaridade; o PIB per capita.

c) A concentração de renda tem como conceito a convergência da renda oriunda de lucro, salário, ou outros rendimentos para uma pequena porcentagem da população de um país, característica que posterga a condição de subdesenvolvimento do Brasil, atestado pela sua posição no IDH. Os efeitos desse processo são constatados em diversos níveis de análise, haja vista que ao ter menor poder de compra, a população fica impossibilitada de ter acesso aos meios que elevam sua qualidade de vida, além de reduzir o mercado de consumo e a circulação de capital, imprimindo menor dinâmica à economia. 

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